Os que nos guardam os sonhos

Esperaram o novo dia, que chega, cada dia mais cedo que o anterior. Desta vez a noite permaneceu por duas horas e durante este tempo o grupo adormeceu. As ausências de luz, nestas épocas do ano, nestes lugares, é causa de muitos acontecimentos inexplicáveis e este é mais um deles. Será a condição única que o sono, de duração curta, seja compensado em profundidade. Talvez que estes estados mais profundos desvelem nos seres lados perdidos ou desconhecidos. O grupo acordou com o sol da manhã e notaram, primeiro nos outros e depois, por reacção em si também, mudanças físicas. Eram, cada um, uma nova forma: ele uma cabeça de águia, outro uma cabeça de lobo em corpo humano, ela uma vaca enorme. Outros mais foram encontrados à medida que acordavam.