Europa Central

Certo dia, um antropólogo encontra uma tribo africana perdida no centro da Europa.
No dia seguinte envia uma carta à família onde explica porque não voltará, mesmo que esteja a uns 3000 km de casa, e porque não concebe sequer a ideia de sair do seio daquela tribo.

A razão pela qual estavam ali era simples: um outro antropólogo tinha-os até à Europa como material de estudo, mas abandonou-os mal se apercebeu que fora do seu contexto eles não revelavam qualquer singularidade.

O bom antropólogo, o último, foi então seduzido pela missão de lhes ensinar as tradições, recriando-as à sua imagem, dando por terminado qualquer estudo e fazendo-se acreditar que era o deus do progresso.