O companheiro invisível

Estava perdida e sabia disso. A noite tinha chegado sorrateira enquanto, atarefada, procurava o caminho de volta.
Luz por entre a silhueta das árvores é indicação de presença humana. Uma cabana. As sombras de pessoas passavam na janela e portanto bateu à porta. Ninguém respondeu e portanto abriu a porta. Comida na mesa, lareira acesa. As sombras não eram humanas mas labaredas. Esperou e acabou por comer parte da comida e adormecer sentada com os braços em cima da mesa. Nos seus sonhos o fogo falou-lhe: "Chamei-te desde a casa que habitas e agora ficarás aqui. Serás a minha companhia e eu tomarei conta para que tenhas sempre tudo o necessário". Acordou do sonho feliz.