O que repousa no escuro

Acontece um encontro casual entre o artista e um anónimo de entre a platéia do concerto que há minutos terminou. O anónimo conta uma história sua que começa agora ao artista que nesta reconhece sua mesma história que terminou há cinco anos. Neste momento, dois desconhecidos, sentados lado a lado, entendem-se numa intimidade única, pela singularidade de cada um e nas possibilidades de algo de tão único como o que sentem existir em multiplicado. A verdade não existe, disse no fim o artista. No entanto acabamos de olhar o mais escuro de nós e um do outro, disse-lhe num sorriso um dos anónimos da sua audiência dessa noite.