O grupo Eon do deserto

Movendo-se rápida mas suavemente sobre a superfície rochosa da montanha, subindo, descendo, aparentemente sem detino ou objectivo, uma mononave era um único ponto que se destaca na paisagem. A visita à montanha é um ritual anual praticado com os meios mais modernos ao dispôr dos novos habitantes do deserto próximo. procuravam aqui plantas medicinais e alucinogénicas para todo o ano. Este grupo em particular, para além da visita regular de cariz ritual e prático, vinha com a intenção de mapear a superfície. O objectivo do mapeamneto é traduzir toda a informação que constitui a montanha para linguagem encriptda e condensada e replica-la posteriormente em tamanho reduzido para assim a controlar. Efectivamente, interferindo na maquete que pertendem construir, interferem na própria montanha.
A agressividade da natureza contra o elemento isolado é tal que não há vida solitária no deserto. A vida é só possivel como colectivo. Pode-se mesmo falar de uma idêntidade que define cada um dos grupos de habitantes, de uma só massa carnal. Este grupo em particular reúne pessoas que, descrentes das regiões temperadas, procuram no deserto, sem sucesso, um grupo de afinidades. Então juntam-se a este grupo e assim formam um corpo fechado sobre si com uma habilidade incrível na forma como exploram os seus recursos. Situados numa zona tórrida, no centro do deserto, sem água, o seu território muito raramente é invadido. No entanto o engenho é tal que desenvolveram um íman que atrai água, que viaja em forma de vapor, a distâncias enormes, e se condensa aqui no subsolo. A réplica da montanha é mais um desafio que os une, vem contribuir para a solução da medicamentação natural.