Culpa

O desejo mata. Sabendo disso, M. contava-se um momento passado todos os dias de manhã para o transformar. Podemos transformar o passado de facto. Está provado que construimos as nossas memórias e por isso M. aos poucos conseguiu realmente acreditar naquele momento sem desejo. O momento não a matou (aliás, morreu feliz e de idade avançada) de facto.