Luz que parte espadas

Um monge recluso numa floresta já tinha visto uma luz tão forte que partia espadas, já tinha falado com os mais ferozes lobos, já tinha escutado os lamento de uma rã, faltavam-lhe ainda algumas surpresas. Correu então para um abrigo numa cova e contemplou a escuridão. Mal os olhos se tinham habituado não havia ali paz – todas as sombras o distraiam. O monge estava exausto e fechou os olhos, começou a observar o seu interior e ficou ainda menos tranquilo – os intestinos falavam-lhe com grunhidos que não entendia, a circulação era ruidosa, uma tortura. Saiu do abrigo bem disposto e aliviado.