Pensar colectivo

Destemida, a água entrava na sala, pela porta que vinha do corredor. Estava lá reúnida toda a família a almoçar. A água apanhou todos de boca cheia. Num instante inundou tudo e partiu as janelas. Para a rua saiu a água e levou consigo as cadeiras e tudo o mais que encontrou. As pessoas tinham, cada uma por si, encontrado alguma coisa à qual se segurar. Qualquer coisa ou alguém. Os que quase saíram janela fora com a água eram nessa altura agarrados por alguém. Não havia mulheres primeiro nem crianças perdidas. Todos se mantiveram dentro da sala, agora vazia, por si.