Na margem entre antes e o depois

No limite onde tudo é incerteza, encontrou-se um homem e um cão mítico.
Uma história antiga conta que um canino, maior e mais feroz que um urso polar circunda a região alimentando-se de padaços dos que vivem sem interesse. Come de pé, o corpo sustentado nas patas traseiras e vomita enquanto come com qualquer pedaço de mau sentimento.
Neva e o homem tem pressa de chegar a casa. Para prosseguir tem que passar pelo cão. Este por sua vez quer a mulher que cheira chegará a ele, por aquele mesmo caminho, em alguns minutos.
O cão é um mito e sabe disso, e portanto pedir passagem ou deixar passar está fora de questão.