Três minutos

Entraram ambos, ela na frente, pelo portão metáloco, dentro do roseiral. Poderia ser um qualquer mas calhou que este tinha sido programado por ela com base num outro existente numa outra cidade onde se tinham conhecido. Ao desenho deste acrescentou coelhos brancos e andorinhas a contrastar e arranjou um problema com o som de fundo que no outro, dada a sua falta de experiência, tinha ficado demasiado confuso. Sentaram-se no bando vermelho de frente para o lago feito de perdra. Olharam-se demoradamente. Toca a campainha. Tudo se desintegra - escape button e de volta à realidade. Tem vido a reconstruir esta cena de três minutos, no tempo em que está só em casa, durante os últimos dez anos. Um bonito passatempo que os demais desconhecem.