Num planeta que rota em torno de vários sóis, situado numa galáxia em que o tempo decorre originalmente lento (em comparação com outras galáxias conhecidas), vive uma raça de hominídeos que a história dos mundos esqueceu.
Esta população de hominídeos ocupa uma área do planeta restrita e definida pelas suas condições climatéricas, pelos ventos e recursos naturais. Estes seres são dotados de capacidades invulgares para a comunicação. Tudo indica que isto se deve ao facto de terem uma vida social diversa e intensa em que as relações não se definem ou hierarquizam e onde não existem protocologos de parentesco ou qualquer outro tipo de afinidade. A falta de profissões, ou seja, de especialização, deixa-os à vontade com qualquer coisa ou conhecimento que partilham entre si generosamente. De uma arquitectura estranhamente caótica e sem um conjunto de regras que defina um estilo, esta população não apresenta núcleos centrais populacionais ou centros de actividade. Tudo que é social existe, faz-se e partilha-se em qualquer lado.
No entanto são seres que regularmente se isolam. Os edifícios multifuncionais contêm áreas de compartimentos privados que pertencem a cada um dos individuos. Este é o único planeta conhecido (ainda que não oficialmente) em que a técnologia não se desenvolveu de forma a possibilitar a viagem no sentido da descoberta de outros planetas. Esta é uma das razões pelas quais este planeta não existe históricamente. Por oposição, são alguns dos outros hominídeos de outras galáxias que, acidentalmente, viajando no espaço, encontram este planeta.
Os visitantes de outros mundos sentem por estes seres uma atração inigualável devido à forma como ali são recebidos e como comunicam com todos os sentidos, de forma desarmada e sem qualquer tipo de defesas. Ao mesmo tempo sentem repulsa pelo caos social e pela falta de regras impossivel de entender e sob os quais viver. Nunca outras raças sequer consideraram colonizar, explorar ou de alguma outra forma tirar proveito ou permanecer neste planeta.