Carne Tenra

Um estudo antropológico do sec. XIX explica a vida desta comunidade longínqua no tempo e na geografia:

“Este povo vive para descansar. Ao contrário do que pensamos, que o trabalho dignifica, para este povo o trabalho estraga os bens mais preciosos do mundo: as mãos e os pés que ficam calejados e o corpo que fica degradado. Trabalhar é contrário à beleza, dizem. Assim, à pergunta, como conseguem subsistir, eles respondem que se dão bastante bem com os animais da localidade e que desejam o mesmo para eles – que descansem muito e que trabalhem pouco.”

(uma série de páginas à frente do mesmo estudo)
“...este povo é canibal há já séculos, desde que aqui se fixaram. E a sua coerência estende-se à simpatia que têm com tudo o que os rodeia justificando assim o canibalismo: “o ciclo só é ciclo de vida realmente se aproveitarmos os recursos que temos; os animais comem-se e as plantas também...”...” .