Catarata

Ex-prisioneiro, condenado a uma dezena de anos numa prisão Austríaca, rejeitado pela família e pelos amigos, foi para a América do sul, escolheu a fronteira entre a Venezuela e o Brasil para se isolar de tudo o que conhecia. Aí encontrou dificuldades, mas para ele esta era a última oportunidade para se redimir e reencontrar. Tem agora setenta e dois anos e segura um desenho. Não fala nenhuma língua conhecida e apenas por gestos conseguimos entender a legenda do que nos apresenta: um animal próximo dos dinossauros ainda sobrevive naquela selva.

Nós estamos ali para encontrar o ouro e os diamantes, o resto das extravagâncias da selva que fiquem com ele guardadas. Os seus conhecimentos poderão servir-lhe, mais tarde, para trocar com alguma expedição de cientistas alimentos, droga ou cigarros. Procuramos informações para seguir caminho, como não conseguimos, avançamos em direcção à catarata. O homem aponta para o desenho. Estamos agora atravessar a densa cortina de água e ignoramo-lo. Desaparecemos sem deixar rasto.

Aquela zona continua a ser muito rica em ouro e diamantes, em espécies raras de flora e fauna!