Como acontece o que não é passivel de explicação

Certo capacete de mota estava pousado em cima de um muro à beira mar. Um rapaz encontra uma rapariga e convida-a para dar uma volta. Não tem capacete. Pega naquele que está mesmo ali. Olha em volta, está tudo deserto. Entrega-o à rapariga. Serve-lhe que nem uma luva na mão.
Metem-se na mota e arrancam. Ela agarra-o e inclina-se para a frente, faz a mota andar ainda mais rápido do que a velocidade que pode ser marcada no contador. Força a mota a deitar nas curvas e nas mais apertadas há faiscas que saem por debaixo dos pés. O rapaz está assustado e nada pode fazer. Está preso à mota pelo abraço da rapariga, mal vê o que está à frente. Deita para fora um penoso e prolongado grito.
É uma corrida que ele começa a apreciar agora que sente não haver perigo. É também uma corrida que não deseja acabar. É o capacete ou a rapariga que puxam os limites do que se conhece para velocidade ajuizada?